PRENDER LULA, SOLTAR AÉCIO, SALVAR TEMER. A JUSTIÇA FOI DESONRADA GRAÇAS A JUSTIÇA!

A eleição sem esquerda, sem direita, sem centro, sem honra e sem justiça!
A condenação do Lula deixa a eleição sobre tensão, pois aguardam a segunda instancia para decisão final, quanto a candidatura. Mas de certo que se levarmos em consideração os demais julgamentos do mar de corrupção, a mais prejudicada foi a justiça, que saiu desonrada.
Ciro Gomes corre por fora, junto com Bolsonaro na eleição, sendo que os votos de Lula provavelmente devem ir para o Ciro, fazendo dele o candidato da frente esquerda. 
Enquanto isso ficamos no aguardo da absolvição do presidente Michel Temer, que apesar de não ter condições para estar à frente do governo, e continuar com as reformas, a articulação política deve salvar o mandato, pois a comissão de justiça não julga pela justiça; mas sim, pela articulação. E a pergunta é a qual forças políticas interessou tirar a Dilma e colocar o Temer no poder.
A verdade é que o deputado Rodrigo Maia, também, não poderia assumir e a responsabilidade da decisão cabe a presidente do STF Cármen Lúcia.
As informações mostram que o presidente Michel Temer incentivou o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, a comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de seu financista, Lúcio Funaro —, o Supremo Tribunal Federal será empurrado ainda mais para dentro do redemoinho político, que poderá, também, ter algum nome de ministro exposto.
         Uma cena fantasmagórica terá a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, terceira na linha sucessória da Presidência da República, para manter o poder no controle e dar andamento ao processo de transição politica, mas parece comprometida com a articulação e deixará tudo nas mãos do PMDB.
O Temer estava sendo preservado no poder, pelo STF, até as próximas eleições. Mas diante as novas delações não terá como proteger o presidente, e terá que dar andamento ao processo de julgamento da candidatura de Temer no Tribunal Superior Eleitoral, sobre abuso de poder econômico durante as eleições de 2014.
         A corte que pretendia separar Dilma de Temer, para o governo continuar até as eleições diretas em 2018. Viu a notícia antecipar e mudar o quadro das eleições, por citar o nome de Aécio Neves do PSDB.
Se o tribunal cassar a chapa por completo, Temer cai. E, segundo a Constituição, caso presidente e vice não possam assumir a cadeira, a linha sucessória é: presidente da Câmara, presidente do Senado e presidente do Supremo. Acontece que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, é investigado no STF. Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado, também.
Aí que entra a parte jurídica. O Supremo decidiu, no início deste ano, que réus em ação penal não podem assumir a Presidência da República, ainda que possam ficar nas presidências de Poder.
Todos os dois presidentes das Casas Legislativas são réus no Supremo e encontram se nas mãos do relator é o ministro Luiz Edson Fachin, que supervisionou todo o acordo feito pelo dono da JBS com a PGR, e que não entende que a chapa não pode ser dividida pelos atos de ofício de cada um de seus integrantes. 
A ministra Cármen Lúcia é citada em pesquisas eleitorais sobre intenções de voto, e pode receber a presidência sem receber nenhum voto e tem o compromisso de convocar eleições em 90 dias.
O Brasil passa por um processo de desmembramento político, com o afastamento de presidentes, e com a volta do Aécio Neves. Tudo muda no quadro e alguém tramou todo o processo, resta saber a quem interessou todo acontecimento.

  Joel Fraga
  Jornalista

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