PRODUTOS PROVENIENTES DE ROUBOS FAZEM A ECONOMIA DE SALARIO HONESTO

Produtos na metade do preço e com prazo de validade infinita.


Produtos que foram remarcados para dois anos, quando suas condições saudáveis já esgotaram, e produtos provenientes de situações suspeitas são encontrados nas estações e composições dos transportes da SUPERVIA. E dentre os consumidores estão todos os tipos de profissionais e religiosos, que para o consumo barato guardam parte do salario para adquirir os produtos, os quais consideram uma grande economia no final das contas do mes.
 Em anos de oferta e procura, identificamos produtos que vão de cremes e tinturas de cabelo, passando por arroz e feijão e terminando com carnes e frios, mas até hoje duas ambulantes foram presas em flagrante comercializando produtos roubados na estação de trem de Queimados, na Baixada Fluminense.
Em entrevistas feitas com os consumidores, os mais religiosos preferem não saber a procedência e manter a consciência livre da culpa de estar patrocinando o roubo, enquanto isso, os que não se preocupam com a culpa buscam justificativa na condição política do país; quanto mais corrupção, maior é a força da desculpa para manter suas atividades ilícitas. Assim, podemos ver que o país está imerso na cultura da vantagem com a desculpa de situações que ele mesmo criou, pois os políticos saem do povo para governar o povo. Então podemos conhecer a região de onde vem e as práticas dos seus pares.
As cargas são comercializadas no trem, e desaparecem em até duas horas após chegarem nas caixas. E para fugir dos roubos as empresas colocaram a carne e o cigarro em transportes com o máximo de segurança, mas diante do poder e estratégia, 15 caminhões são furtados por dia e entregues aos vendedores. E segundo a SUPERVIA, quem compra essas mercadorias, no trem, também pode ser indiciado por receptação.

João Rodrigues 
Colunista




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