COLUNA CLAITON
Um jeito simples de
ver a vida
Parece
que estamos passando por uma transformação radical no mundo todo, digamos que
uma transformação globalizada. Uns podem dizer que faz parte do processo
econômico, visto que estamos em crise. Outros podem dizer que é resultado do
afastamento do homem da igreja, não importa a religião. Outros, mais céticos,
podem acreditar que faz parte da evolução humana. E a maioria das pessoas, nem
chegam a pensar nessas questões, aparentemente, está tudo dentro da
normalidade. Todas essas possíveis formas de pensar do homem estão relacionadas
ao comportamento de cada um, comportamento este que depende do ambiente no qual
o ser humano está inserido. Se ele estiver em um ambiente no qual todos vivem
em harmonia, possuem uma condição econômica familiar e social estável, podemos
dizer que teremos como resultado um indivíduo que vamos classificá-lo como
normal.
Porém,
se a pessoa vive em uma família desagregada, sem uma condição econômica que lhe
ofereça estabilidade e uma vida social limitada, podemos ter um indivíduo com
alta estima baixa, desregrado e possivelmente instável em suas atitudes. Entretanto, não podemos generalizar, visto
que cada pessoa tem um jeito de ser, e o fato de ser pobre ou filho de uma
família desagregada não significa que vamos ter na sociedade mais um
‘delinquente’. Então por que temos tantos casos de homicídios domiciliar;
crianças abandonadas em lixeiras públicas; casais separando; gravidez precoce e
outras situações que podemos considerar trágicas no mundo em que vivemos? Fatos
que acontecem em qualquer família, seja pobre, rica, brasileira ou estrangeira.
É como se não tivéssemos escolha de buscar uma vida melhor.
É
comum ouvir os pais dizendo que fazem tudo por seus filhos, atendem sempre seus
pedidos, procuram oferecer do bom e do melhor, evitando que os mesmos venham
passar por dificuldades. Mas o que é o tudo para os filhos? Seria o tudo para
os pais? Apesar de haver uma ligação sanguínea, não significa que o filho tenha
os mesmos gostos dos pais ou vice-versa, pois também os filhos não podem querer
que os pais os compreendam somente porque este vive em um mundo, digamos,
cibernético.
Mesmo
que se queira compreender a natureza humana, temos que entender que é
complicado, pois a complexidade humana é inerente, por isso chamamos a atenção,
por isso há o mistério da afetividade entre pais e filhos, entre namorados,
entre amigos, entre professores e alunos, entre patrões e empregados. Seja qual
for o relacionamento, sempre haverá uma necessidade da busca da compreensão do
outro.
É
nesse sentido que é preciso haver o respeito mútuo, o respeito às diversidades,
as quais, geralmente, são as que causam o conflito entre as pessoas. Quando
cada de um nós respeitamos as diferenças e espaços do outro, provavelmente, será
mais fácil vivermos em ambiente tranqüilo, onde todos obtenham suas conquistas
sem afetar vida de quem quer seja. Não
importa o cargo que ocupamos na família, na igreja, no trabalho, no grupo de
amigos, na sociedade em geral, é preciso que tenhamos a consciência de que
devemos cumprir com nossas responsabilidades, sermos sinceros com aqueles que
compartilhamos um ambiente, que nossa vida é uma passagem. Que neste mundo
podemos nos comparar às estrelas e cometas.
Pessoas
estrelas são aquelas que apresentam um comportamento considerado brilhante;
comportamento que conquista a todos, pois as pessoas estrelas costumam ser
gentis, humildes e conquistam seu espaço sem precisar ficar na frente de
ninguém. Já as pessoas cometas, passam. Têm um comportamento que aparentemente
vai brilhar, mas apaga em um simples agir, em uma simples atitude, em uma
pequena palavra. A pessoa cometa quer brilhar somente para si. Não importa o
que somos, a profissão que ocupamos, a classe econômica na qual nos
encontramos. O que importa é nosso comportamento. É a forma como nos
comportamos que possibilita crescermos como pessoa – seja no papel de filho,
pai, mãe, empregado ou empregador. É nosso comportamento diante da sociedade da
qual fazemos parte que vai tornar a vida simples ou complexa.
Claiton Appel
Jornalista
e-mail: appel67@gmail.com
Comentários
Postar um comentário